Calados, são três poetas

Pensei haver apenas duas formas de se encarar uma derrota: de cabeça erguida e de cabeça arriada. Pois após o ultimo insucesso do Avaí, em casa e para o ABC de Natal, os jogadores mais importantes do elenco mostraram que se pode enxergar o fracasso coletivo também de maneira individual e deveras atabalhoada. Foi assim com as declarações pós-jogo de Roberto, Marquinhos e Cleber Santana.

Roberto, que não é nem espectro daquele Usain Bolt do passado, teve seus segundos de desatino declarando que "Fora de casa conseguimos as vitórias e dentro de casa, não sei porque, não conseguimos. Acho que precisa de um pouco mais de participação da torcida também. Não adianta vim para cá só para criticar. É engraçado que fora conseguimos os pontos e em casa não". Roberto, olha para o teu futebol mirrado, te aconselha com o empresário Luiz Alberto e veja se você merece algum elogio do torcedor.

Marquinhos, pródigo em falar bobagens quando está de cabeça quente, escancarou a sua chateação pela reserva (até aí tudo bem) mas também a falta de espírito de equipe que povoa seu cerebelo, pois ao ser questionado sobre qual foi a maior dificuldade no jogo, respondeu  que "Quando eu entrei já estava 1 a 0, o erro eu não sei, não estava no jogo". Já poderia ter parado por aí, mas conseguiu a façanha de criticar a inoperância do setor criativo do qual ele mesmo faz parte.

Por último o irritante-sempre-zen Cleber Santana, o atleta-guru que só faz pedir calma ao final da cada resultado ruim em campo. Derrotas onde ele tem tido uma participação pouco condinzente com seu maior salário do clube, algo na casa dos R$ 150 mil, três vezes mais do que recebe Marquinhos e cerca de 25% da folha de pagamento total do Avaí. Minha sugestão a Cleber é que ele se decida se quer ser jogador de futebol ou um líder hare krishna esportivo. Cansa, meu amigo!